
A Logomarca da Copa de 2014 foi lançada coberta de polêmica. Além do péssimo gosto da peça, a falta de autoria da peça foi questionada. A polêmica levou a Associação dos Designers Gráficos (ADG) a se posicionar publicamente. O membro do conselho de ética da entidade, João de Souza Leite, assinou um manifesto, respaldado por instituições como a Escola Superior de Desenho Industrial, da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Esdi/UERJ).
Em trecho do documento, Leite afirma: “O símbolo da Copa do Mundo 2014 é um desenho tosco e inacabado. Seu conceito básico – múltiplas mãos que se apoderam da bola, signo máximo da competição, ou da taça, como afirmam seus autores – é passível de questionamento, já que estes não deveriam constituir seu principal significado. É inacabado pela inadequação do seu desenho, traçado que mal se equilibra entre o cômico e o irônico, assim como pelos desnecessários detalhes à apreensão da sua forma – pequenas sombras nas mãos chapadas refletem o mais básico dos artifícios disponíveis em softwares gráficos de desenho. Da forma das letras, o que dizer? A tradição tipográfica iniciada no século 15 indica que a forma da letra sempre é portadora de algum tipo de significado. No símbolo, só revela uma certa inabilidade na escrita, algo infantilizado. Ainda, a falta de uma referência de base não o sustenta verticalmente, mantendo-o em precário equilíbrio.Ressalte-se aqui que esta não é uma reclamação de ordem corporativa. Não se trata de exigir a presença de designers, e somente isto. Se trata, sim, de questionar algo mais profundo. Se trata de exigir uma postura consistente de projeto, e, assim por dizer, de design no seu sentido mais amplificado”.
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